"Para mim, o melhor tuíte do dia da demissão [de Moro] foi feito pelo [jornalista] Alexandre Garcia. 'Tenho a alegria de saber que Adélio esfaqueou o presidente no peito, diferentemente de Moro, que o esfaqueou pelas costas'", citou o presidente do PTB em conversa com o colunista do UOL, Tales Faria.
Jefferson disse também que a troca de mensagens entre Moro e Zambelli "não é prova de nada", e seu vazamento é "ilegal". "Ele vaza uma conversa com a deputada Carla Zabelli assim como vazou uma conversa entre [os ex-presidentes] Dilma e Lula. Ele está habituado a vazar conversas. Que papel horroroso o do Moro", criticou.
Por conta das declarações que deu quando pediu demissão, segundo o ex-deputado, Moro "não arruma emprego em lugar nenhum" —ainda que deva se candidatar à Presidência em 2022.
"Se me perguntarem se eu daria um emprego a ele como auxiliar de escritório", exemplificou, "eu não daria. Ele não vai arrumar emprego em lugar nenhum. A biografia conta a história dos defeitos da pessoa. Mas creio que ele será candidato", acrescentou.
Moro é 'traidor', não 'delator'
Roberto Jefferson ainda chamou o ex-ministro da Justiça de traidor e o comparou a Macunaíma, personagem do livro de mesmo nome publicado por Mário de Andrade. Chamado de "herói sem nenhum caráter", Macunaíma é considerado um estereótipo negativo do "brasileiro médio".
"Moro não é delator porque não tem crime cometido pelo presidente para ele dividir [com a sociedade]. Não é delator, é um traidor, um 'quinta coluna'. É um Macunaíma, nosso herói sem caráter", alfinetou.